sexta-feira, 18 de abril de 2014

Apesar do racionamento, Governo tucano autoriza aumento de 5,44% nas tarifas da Sabesp

Não tem água em São Paulo. Mas, tem aumento

Reservatório do Sistema Cantareira seco
Reservatório do Sistema Cantareira seco

O governo do Estado de São Paulo autorizou aumento de 5,44% nas tarifas da companhia estadual de águas, Sabesp, segundo comunicado divulgado pela agência reguladora estadual, Arsesp, na noite desta quinta-feira (17), véspera do feriado da Páscoa. As informações são da Agência de notícias Reuters

O "fator X", elemento da fórmula de cálculo do reajuste da tarifa que atua como redutor do IPCA, índice utilizado como base do reajuste, foi estipulado em 0,9386% e será deduzido nos próximos reajustes tarifários anuais da concessionária.

A Arsesp chegou a indicar na semana passada que divulgaria a conclusão da revisão tarifária na quinta-feira daquela semana, mas cancelou a divulgação sem explicar motivos.

Os atrasos no processo acontecem em meio à crise hídrica no Estado. O conjunto de represas do Sistema Cantareira opera há meses em níveis historicamente baixos.O sistema é o principal para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo.

Em fevereiro, a agência havia divulgado proposta para reajuste das tarifas da Sabesp em 4,66%, percentual abaixo do pleiteado pela empresa e que desagradou investidores.

As ações da Sabesp acumulam queda de 18% neste ano. Nesta quinta-feira (17), antes da publicação da decisão da Arsesp, o papel fechou em alta de 2,7%, a R$ 20,90, enquanto o Ibovespa avançou 1,8%.

Segundo documento divulgado pela Arsesp, a Sabesp poderá aplicar "em data futura mais oportuna o índice de reposicionamento decorrente da revisão tarifária, procedendo-se ao recálculo e à atualização monetária dos valores aplicáveis, de forma a assegurar seu equilíbrio econômico-financeiro".

A empresa contingenciou seu orçamento de 2014 em R$ 700 milhões e ampliou para todas as cidades da região metropolitana de São Paulo que atende programa de incentivo à economia de água, que dá desconto de 30% nas contas dos consumidores que reduzirem seu consumo em 20% segundo a média dos 12 meses anteriores.

Nesta quinta-feira (17), o secretário estadual de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Mauro Arce, afirmou que o governo paulista agora estuda implantação de penalidades para consumidores da região metropolitana que não economizarem água.

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