segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Enchentes: Estado atrasa limpeza de piscinões em 11 meses

Com 11 meses de atraso, só agora governo estadual diz que vai limpar piscinões

Prometido pelo governador Geraldo Alckmin em 11 de janeiro desta ano, um dia após a Capital parar em função de uma série de alagamentos, somente agora, às vésperas da temporada de chuvas e com 11 meses de atraso, o governo do Estado diz que irá iniciar o trabalho de limpeza, desassoreamento e manutenção de 25 piscinões da Grande São Paulo, nos municípios de Osasco, Embu das Artes, Taboão da Serra, Mauá, Santo André, Diadema, São Bernardo e São Caetano.

Deverão ser retirados 245 mil metros cúbicos de sedimentos e lixo que se acumularam no fundo dos piscinões e que, com certeza, devem colaborar para enchentes em vários pontos da Região Metropolitana ainda neste verão, o que não ocorreria se o serviço tivesse sido feito antes do período de chuvas.

A justificativa do governo tucano para o atraso foi a burocracia do processo de licitação e contestações judiciais.

Limpeza do Tietê também ficou pela metade

Segundo notícia publicada no site do governo do Estado, em março deste ano, o governador Geraldo Alckmin anunciou novas obras de desassoreamento do Rio Tietê e afirmou retirar do leito 2,7 milhões de m³ de sedimentos, dos quais 2,1 milhões de m³ ainda em 2011.

No entanto, pelo que foi constatado pelo Sigeo – Sistema de Acompanhamento da Execução do Orçamento, em 15 de novembro, provavelmente até o fim do ano o governo executará pouco mais da metade anunciado, ou seja, 1,1 milhão m³.

A análise foi realizada com base no valor previsto no edital da licitação, por m³ e comparou os recursos financeiros destinados às empresas responsáveis pelos serviços. Os novos contratos para a Calha do Tietê alcançam aproximadamente 470 mil metros cúbicos de dejetos a serem retirados, que somados a mais 566 mil m³ retirados da Barragem da Penha até Guarulhos chegaria a pouco mais de 1 milhão de m³ a serem retirados do rio.

Ainda de acordo com os dados governamentais, as obras poderiam beneficiar diretamente o centro de Guarulhos e os bairros de Vila Augusta, Macedo, Gupouva, Tranquilidade, Picanço, Vila Rio, Bela Vista, Cocaia, Monte Camelo, Vila Barros, São Roque e Itapegica. Além de reduzir o risco de alagamento das marginaisNo verão passado seis pessoas morreram na capital, vítimas dos alagamentos, além dos inúmeros transtornos causados à população por conta das enchentes.

*com informações de O Estado de S. Paulo e PT Alesp

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