sábado, 5 de novembro de 2011

Estado falhou na resposta aos ataques do PCC em 2006, diz Justiça de São Paulo

Ataques do PCC presididios de SP
Numa decisão inédita, a Justiça de São Paulo afirmou que o Estado falhou na resposta aos ataques do PCC e condenou o governo paulista a pagar indenização de R$ 165,5 mil à mãe de uma das vítimas. José da Silva Santos foi morto a tiros durante operações de repressão à onda de ataques do crime organizado, entre maio e julho de 2006. Os atentados provocaram uma forte reação policial.
A decisão é do Tribunal de Justiça de São Paulo, para quem não há dúvida de que o homicídio decorreu da “conduta descontrolada da polícia” quando se viu encurralada pela agressão da facção criminosa. O tribunal ainda determinou que o Estado pague à mãe da vítima uma pensão mensal correspondente a um terço do salário mínimo.
Essa foi a primeira vez que a Justiça reconheceu que o governo "errou na dose" ao reprimir os atentados do PCC. A 7ª Câmara de Direito Público entendeu que a reação das forças policiais foi “atabalhoada” e que provocou a morte de civis inocentes, como, no caso, a de José da Silva Santos, na Baixada Santista.
Para o desembargador Magalhães Coelho, a obrigação de indenizar se deve ao fato de as autoridades terem criado uma situação de risco extraordinário para a cidadania pela falta quase absoluta de política de segurança pública. Segundo o relator, a reação do Estado foi “desconexa, violenta e indiscriminada” e vitimou, sobretudo, “os pobres e desvalidos”.
O desembargador lembrou que pesquisas de instituições independentes concluíram que apenas na primeira onda de ataques, entre 12 e 21 de maio de 2006, 564 pessoas foram mortas, e 110, feridas por armas de fogo. De acordo com Magalhães Coelho, na época, a Secretaria de Segurança Pública admitiu, oficialmente, que a Polícia Militar matou 108 pessoas em apenas oito dias.
122 execuções
Um estudo da Justiça Global e da Universidade de Harvard, divulgado este ano, concluiu que dos 493 homicídios ocorridos no Estado de 12 a 20 de maio de 2006 havia indícios da participação de policiais em 122 execuções. A mesma pesquisa aponta 43 agentes públicos vítimas dos ataques.
“Muitas dessas mortes decorreram da reação defensiva legítima de agentes públicos, mas outras tantas apontam para atuação de grupos de extermínio e de policiais absolutamente fora de controle e de comando, com nítido caráter de represália indiscriminada, notadamente da população mais pobre e que habita as periferias das grandes cidades paulistas”, afirmou o desembargador Magalhães Coelho.
Fernando Porfírio
No UOL 
Vi no Blog Contexto Livre
Guerra do PCC x Estado completa 5 anos com 4 desaparecidos

Um comentário:

  1. essa merda de governo deveria tomar vergonha na cara e estudar uma proposta de aumento do vale alimentação do servidor,o salario já é uma merda e ainda precisamos tirar dinheiro que poderíamos usar para lazer com a família para ir ao mercado fazer compras,4 reais ao dia, que VERGONHA seu Governador, garanto que você gasta mais do que isso comprando ração para seu cachorro, enquanto o servidor tem que enfiar o rabinho no meio das pernas e esperar a vontade dos políticos que não tem vergonha na cara, o dia que o Estado parar, não venha com pedras contra os servidores não, estamos todos descontentes com esse governo,PSDB nunca mais.....o dia que as cadeias quebrarem dinovo esse merda vem na tv pra pedir desculpa aos familiares dos agentes ... condicoes de trabalho zero, seguranca ao ASP zero, salario merda,superlotacao total, sera que quando a merda tiver feita o governo vai acordar?

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